A presidenta foi estudanta ?

[=FN=AirMan]

A presidenta foi estudanta?


Existe a palavra: PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?
Miriam Rita Moro Mine - Universidade Federal do Paraná

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.
Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

Texto enviado pelo =FN= SixO'clock

 

[Boaventura]

 Muito bom....   nunca vi texto mais explicativo!!!

[rolim]

Blog da MAria Helena (Maria Helena R. R. de Souza)
mhrrs01@gmail.com.

Esclarecimento
Em 14/10/2010 publiquei aqui, coberto de elogios, aliás, um texto que me foi repassado como sendo da autoria da professora Maria Rita Moro Mine.

Pois bem, hoje recebi um desmentido formal dela. O texto não é seu e ela está visivelmente aborrecida com o uso indevido de seu nome. Com toda a razão.

Só posso lhe pedir, de público, imensas desculpas e lhe dizer que, infelizmente, na Internet isso ocorre com uma facilidade espantosa. Há textos circulando com a assinatura de Luiz Fernando Veríssimo, de Chico Buarque, de tantos outros e que não são deles. Eu mesma, desconhecida cronista, tive um texto atribuido a Paulinho da Viola. Como isso só me envaideceu, não reclamei. Outras pessoas puseram os pingos nos iisss.

Só quero frisar que se o texto fosse de qualquer modo grosseiro ou deselegante, eu não publicaria. Mas como era muito bem escrito e falava sobretudo da língua portuguesa - o assunto era o uso da palavra presidente no feminino - publiquei e dei a autoria, conforme me fora dito.

Realmente, o que eu devo fazer é só publicar textos de autores clássicos e que eu tenha cópia impressa de suas obras; textos enviados pelos próprios autores e que sejam pessoas que eu possa telefonar e checar: é seu?; textos assinados por jornalistas que eu conheça e que também possa confirmar a autoria; e matérias copiadas dos grandes jornais nacionais, que são muito poucos. Ou palavras escritas por mim.

Nosso bloghetto perderá um bocado de coisas interessantes, da espontaneidade, mas ao menos não corro o risco de ofender ou aborrecer alguém.

Mais uma vez, peço desculpas à professora. E aqui está seu e-mail recebido hoje:

 

Prezada Sra Maria Helena

Nunca escrevi absolutamente nada sobre a existência ou não da palavra “presidenta”. Meu nome está sendo usado indevidamente como autora de um texto que circula na internet e na imprensa.

Sou professora da Universidade Federal do Paraná - UFPR, Departamento de Hidráulica e Saneamento, graduada em “Engenharia Civil “ e com pós-graduação em cursos de “Engenharia“ (Mestrado e Doutorado) e professora de cursos de “Engenharia” na UFPR (ver meu Curriculum Lattes – www.cnpq.br – plataforma lattes)

Eu jamais escreveria um texto que não fosse da minha área de atuação.

Miriam Rita Moro Mine



Miriam Rita Moro Mine
Universidade Federal do Paraná
Departamento de Hidráulica e Saneamento
Caixa Postal 19011
81531-990 Curitiba - PR

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/mariahelena/posts/2011/01/26/esclarecimento-359182.asp

[Sylar]

  Eu estava evitando um pouco esse tópico porque depois que o MEC andou soltando um português mais liberal para a nação, fiquei encima do muro.


 Presidente é uma palavra comum aos dois gêneros ( tanto serve pra mulher como para homem ) , tal como Piloto ( essa aí todo mundo entende ).
 A explicação é etimológica. Presidente vem do Latim "Praesidere", formada pelo prefixo "Prae-" ( antes, adiante...) e "sídere" ( sentar-se ), ou seja: " Aquele(a) que senta-se à frente "  ou  " O(A) que se senta adiante dos demais ". O sufixo "-nte" é adicionado a fim de desambiguar com a palavra "Presídio" ( mas isso é outra história ), transformando o significado em : " Aquele(a) que senta-se em frente a uma assembléia e coordena-a".


  Presidente  ATUALMENTE, embora a marca de gênero NÃO se justifique gramaticalmente, "tornou-se" uma palavra de dois gêneros ( no popular ), devido ao uso durante os últimos anos, com a chegada de mulheres ao governo de diversos países.

 
  Em suma: Presidente é uma palavra comum aos dois gêneros, porém, atualmente utilizada como uma palavra de dois gêneros. Gramaticalmente o PresidentA não é aceitado, mas no popular, usa quem quer ( ou quem achar que está correto ).




Att. =FN=Sylar.